As minhas leituras, no início deste ano letivo…

Leio muito! – confesso.

Necessito da leitura (como do pão para a boca) para ser capaz de compreender e de transformar a realidade em que estou inserida . Consigo chegar a (importantes) conclusões através de um processo de reflexão, ato de pensar e de analisar uma situação levando em consideração vários aspectos para uma tomada de decisão.

1º Desafio de leitura:

Todos: pais, professores e alunos se queixam do sistema atual de ensino. Os pais não querem que a escola seja uma fábrica que formate os filhos e os transforme em autômatos desajustados do mundo em que vivem. Exigem salas de aula com menos alunos, menos trabalhos de casa, um ensino mais criativo.
Os alunos acham a escola aborrecida, pouco estimulante, separada da realidade tecnológica e do mundo em que vivem.
Professores sentem-se desmotivados, presos às metas curriculares obrigatórias, ao sistema de avaliação por notas, à falta de tempo para trabalhar, não tendo possibilidade nem espaço para arriscar.

Rui Lima, professor do ensino básico, considerado pela Microsoft, um dos 18 professores mais inovadores do mundo, reflete sobre todos estes temas em debate na praça pública e garante que não precisamos de ir lá fora para vermos casos de sucesso.
Em Portugal já há professores a pensar fora da caixa, a romper com as práticas enraizadas, a arriscar novas abordagens que incentivam o risco e a experimentação, alunos motivados que pintam o céu de amarelo às bolinhas rosa” e que apesar de não conseguirem o sucesso nas “disciplinas nucleares” (seja lá isso o que for) possuem qualidades incríveis noutras áreas. Escolas inovadoras, que estimulam a curiosidade e que se transformaram em autênticos espaços de descoberta de talentos. O mundo mudou (muito) nos últimos anos, mas a escola não.
É preciso pensar a escola quer queremos para o século XXI. E a resposta deve ser dada por todos: pais, professores e alunos. Com o objetivo de criarmos alunos que vão mudar o mundo.

2ª Proposta de leitura:

Este é um livro que pretende apoiar as escolas e os seus professores no processo de reflexão, tomada de decisão e desenvolvimento de iniciativas relacionadas com a componente curricular de Cidadania e Desenvolvimento, introduzida nas matrizes curriculares dos ensinos Básico e Secundário pelo Decreto-Lei n.º 55/2018.

Trata-se de uma obra que se encontra organizada em duas partes.
Na primeira identifica-se o enquadramento jurídico da medida, faz-se uma breve abordagem histórica dos projetos de educação para a cidadania no sistema educativo português e discutem-se as opções educativas com que, hoje, nos confrontamos para implementar a componente de Cidadania e Desenvolvimento.

Na segunda parte propõe-se e reflete-se sobre a operacionalização dessa componente curricular, tendo em conta a necessidade de os agrupamentos e as escolas definirem uma estratégia de ação que pode ser concretizada através de iniciativas de natureza transversal, da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento e de projetos relacionados com problemáticas preferenciais. Por isso, há um capítulo dedicado a cada uma das estratégias enunciadas, identificando-se alguns projetos e propondo-se outros que permitem partilhar ideias, decisões estratégicas, instrumentos de organização do trabalho, recursos e reflexões que possam inspirar e apoiar o trabalho concreto a realizar nas escolas por docentes e por estudantes.

3ª Proposta de leitura reflexiva:

Depois de visitar inúmeras escolas e de entrevistar diversos professores e personalidades da educação, da cultura e da política – de Adriano Moreira a António Sampaio da Nóvoa ou Marcelo Rebelo de Sousa-, o Prof. Jorge Rio Cardoso não tem dúvidas: o grande desafio da nova escola será tornar o aluno e as suas aprendizagens no centro do processo educativo, dando-lhe a possibilidade de ser o próprio a construir o seu conhecimento. Mas, para além dos conteúdos, é essencial preparar para a vida; e as capacidades de pesquisa, análise e comunicação, as atitudes, o comportamento, o trabalho em grupo, a criatividade e a liderança

 são fundamentais. O autor defende uma escola que leve a realidade do mundo atual para as salas de aula, que propicie trabalho colaborativo e uma abertura ao exterior através da tecnologia. São essenciais conteúdos mais práticos e pluridisciplinares, analisados numa lógica de projeto, horários mais flexíveis e aprendizagens baseadas na aquisição de competências em final de ciclo. A sua voz é a de cada vez mais alunos, pais e professores: queremos uma escola que se reinvente em permanência, para responder aos constantes desafios com que é confrontada.

 

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