“O que é Inteligência Emocional?”…

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“O que é Inteligência Emocional?”

A Inteligência Emocional (Salovey et al., 1995) é definida como a habilidade individual para perceber, clarificar e gerir as nossas emoções e as emoções dos outros de forma a facilitar os processos cognitivos e promover o crescimento pessoal e intelectual.É entendida como uma habilidade individual para reparar os estados emocionais negativos e manter os positivos. (Queirós et al., 2010).

Salovey e Mayer (2000) definiram inteligência emocional como “a capacidade de perceber e exprimir a emoção, assimilá-la ao pensamento, compreender e raciocinar com ela, e saber regulá-la em si próprio e nos outros.”Dividiram-na em quatro domínios:

  1. Percepção das emoções – inclui habilidades envolvidas na identificação de sentimentos por estímulos, como a voz ou a expressão facial, por exemplo. A pessoa que possui essa habilidade identifica a variação e mudança no estado emocional de outra;
  2. Uso das emoções – implica na capacidade de empregar as informações emocionais para facilitar o pensamento e o raciocínio;
  3. Entender emoções – é a habilidade de captar variações emocionais nem sempre evidentes;
  4. Controle (e transformação) da emoção – constitui o aspeto mais facilmente reconhecido da inteligência emocional – é a aptidão para lidar com os próprios sentimentos.

Para Goleman (2000,33)” (…) a nossa Inteligência Emocional determina o nosso potencial para aprender as aptidões práticas que se baseiam em cinco elementos: Autoconsciência, motivação, autodomínio, empatia e talento nas relações”.

MIRÓ

 

A inteligência emocional é imprescindível no desenvolvimento dos alunos, esta pode ser alcançada através de algum treino e esforço, para tal é preciso persistência. Para desenvolver a inteligência emocional na sala de aula é importante que exista respeito mútuo pelos sentimentos dos outros, e para tal é necessário que o professor saiba como se sente e seja capaz de comunicar abertamente as suas sensações e sentimentos. Day (2001) reitera que a manutenção de um bom ensino exige que os professores revisitem e revejam regularmente as suas formas de atuação. Por outro lado, exige também que os professores abordem as questões da autoeficácia, da identidade, da realização profissional, do comprometimento e da inteligência emocional. Deste modo, podemos concluir, utilizando as palavras do mesmo autor, segundo o qual “o bom ensino envolve a cabeça e o coração. Ser um profissional significa manter um comprometimento com a investigação ao longo de toda a vida” (Day, 2001,103)

Segundo Goleman (2000,185) “negociar e resolver desacordos”, é um facto que parece ser fundamental no contexto educativo. As estratégias dos professores para impulsionar as competências emocionais dos alunos são inúmeras. O docente deverá ser detentor de conhecimento, alguém que conhece as técnicas da transmissão do saber e habilidade para estabelecer uma relação harmoniosa de ensino-aprendizagem com alunos muitas vezes desmotivados. É no     contexto de sala de aula que existe a possibilidade de expandir a educação emocional, tornando-se importante desenvolver rotinas escolares que favoreçam as dinâmicas de grupo, criação de espaços para que os alunos possam discutir regras da vida, falar sobre conflitos interiores, onde podem também surgir dificuldades emocionais e ainda a necessidade de negociar com os outros para superá-las pode gerar a evolução nos alunos.

 

 

Referências Bibliográficas:

  • Day, C. (2001). Desenvolvimento Profissional de Professores. Os desafios da aprendizagem permanente. Porto: Porto Editora.
  • Gardner, H. (2007) Inteligências Múltiplas: Novos horizontes . New York: Basic Books.
  • Goleman, Daniel (2000). Trabalhar com Inteligência Emocional. 3ª ed. Lisboa: Temas e Debates.
  • Goleman, D. (2003). Inteligência Emocional . 12ª ed. Lisboa: Temas e Debates.
  • Salovey, P., Mayer, J.D., Goldman, S.L., Turvey, C., & Palfai, T.P. (1995). Emotional attention, clarity and repair: exploring emotional intelligence using the Trait Meta-Mood Scale. In J.W. Pennebaker (ed.): Emotion, disclosure and health . Washington, D.C.: American Psychological Association. Scherer, K.R., Banse, R., & Wallbott, H.G.125-154
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