Passado o período de intensa tristeza, a criança não esquece o que ocorreu. A perda continua sendo uma lembrança muitas vezes dolorosa, mas já não a impede de tocar a vida em frente. Isso, entretanto, não significa que a discussão do tema, na escola seja simples. Para ajudar a lidar com a situação, é preciso levar em conta diversos fatores, que dizem respeito principalmente à fase de desenvolvimento em que cada criança se encontra e ao ambiente que a rodeia.
Da informação pesquisada, encontrei cinco pontos essenciais que devem ser considerados na hora de abordar a “morte” na turma/escola.
1. Respeitar as escolhas da família e da criança;
2. Considerar a faixa etária de cada aluno;
3. Buscar um interlocutor próximo ao aluno;
4. Trabalhar a questão com a turma – através de metodologias da “arteterapia;”
5. Minimizar os efeitos do luto no desenvolvimento/aprendizagem de cada aluno;
Na medida do possível, é importante para que o desempenho escolar do aluno não seja muito prejudicado pelo pesar. O educador/professor precisa saber que, logo após a morte, a criança pode não produzir como antes. Nos dias que seguem, é importante conversar para encontrar a melhor maneira de ele não “perder” os conteúdos curriculares.
Devemos reforçar a explicação das atividades a realizar e ouvir a sua opinião para saber se ele tem condições de desempenhá-las. O correto é sempre oferecer uma alternativa – o que não pode ocorrer é deixá-lo de lado.
“É comum que crianças reajam de maneiras diversas. O choro não é o único modo de manifestar o sentimento de perda. Às vezes, elas têm sonolência, dificuldade de concentração e desinteresse, entre outros comportamentos. Todos são maneiras de mostrar que a situação não é fácil”.
Pode ser que demore algum tempo, mas é uma evidência: o luto, quando bem elaborado, passa. Ao perceber-se acolhida, a criança amadurece com mais facilidade a ideia da perda e, aos poucos, volta à rotina. Claro que podem ocorrer recaídas. Passado certo tempo após a elaboração do luto, é comum que ela (re)lembre a morte e retome alguns sentimentos de tristeza intensa. Essa situação pode ser mais ou menos marcante, de acordo com a superação do luto. Em todos os casos, o trabalho em conjunto com a família ajuda a superar a crise com mais facilidade, principalmente quando envolve crianças muito pequenas.
Emília Silva – 2014/2015
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