11.day- As minhas leituras…em tempos de confinamento

Tudo frutificou: o campo estava aberto,

deu conchego e raiz a todas as sementes.”

Sebastião da Gama, Campo Aberto (1951)

 

Tempo de ler e refletir… na busca de “ferramentas” pedagógicas para no meu “microcosmo” fazer a diferença.

Após um intenso trabalho de leitura, pesquisa e análise, constato que um pouco por todo o mundo, existe uma preocupação crescente relacionada com o facto dos sistemas de ensino estarem demasiado concentrados na transmissão de conhecimentos cognitivos, não existindo espaço, ou o que existe é muito exíguo,  para trabalhar as competências sociaisemocionais. Os últimos relatórios de organizações, como a OCDE e a UNESCO, referem a importância de capacitar social e emocionalmente os alunos, durante a escolaridade obrigatória.

Em Portugal, a necessidade de mudança também já se faz sentir e a prova disso está na publicação do Novo Perfil dos Alunos à saída da Escolaridade Obrigatória e das diretrizes de flexibilização pedagógica. A alteração mais significativa está refletida nas dez competências que os alunos devem ter, no final dos 12 anos de escolaridade obrigatória.

Um pouco por todo o lado surgem novas iniciativas educacionais que tentam ir além da transmissão clássica de conteúdos, das métricas, dos rankings, procurando humanizar uma educação que se tornou demasiado estandar-dizada quando o seu público é tudo menos homogéneo.

Por estes motivos, enveredei um percurso investigativo (investigação-ação) … desafio na busca de respostas mais eficazes para dar aos meus alunos…tendo sempre o sustentáculo científico. A minha ultima formação foi neste âmbito, Coaching Educativo, a qual proporcionou-me “ferramentas” de autoconhecimento e desafiou-me a querer ir mais além…tanto no campo pessoal como no campo profissional com os meus alunos.

Vivemos numa era de hiperestimulação (gadgets, informação, globalização) e nem sempre conseguimos fazer a devida triagem, escolher ou focar-nos no que realmente importa, dando respostas em piloto-automático e as crianças/ jovens não são a exceção a isto!

Tenho trabalhado desde 2013/2014, de uma forma proativa, as competências socioemocionais no Projeto “Cativar” em diversos estabelecimentos escolares do 1º ao 4º ano de escolaridade e desde 2018/2019, em contexto de uma só turma, a minha.

O meu foco consiste, sobretudo, na  diminuição da hiperatividade motora e cognitiva, promovendo espaços tempo-rais de “momento presente”, desenvolvendo a atenção plena  para os pormenores do dia-a-dia, que nos chegam através dos sentidos (e.g. paladar),proporcionar o aumento dos níveis de autoconsciência (de si mesmo, do seu cor-po, emoções e pensamentos) e de autocontrolo sobre as suas ações e, contribuir, para um acréscimo nos níveis de relaxamento e bem-estar em contexto de sala de aula.

Mas o “caminho” ainda está a meio…

Noutras publicações futuras, neste meu espaço virtual, partilharei com quem me segue…as minha análises críticas e experiências…de forma a contribuir para uma reflexão crítica, bem fundamentada sobre esta temática.

 

As minhas leituras:

  • Coaching para Docentes
ISBN: 978-972-0-06060-0
Edição: 09-2014
Editor: Porto Editora
SINOPSE

“A missão dos professores e os resultados do seu trabalho adquirem, hoje em dia, um altíssimo valor estratégico para a sociedade e para a própria pessoa.

coaching surge como um processo indispensável à superação pessoal e profissional, através de um conjunto de técnicas que ajudam a alcançar metas e a aperfeiçoar competências, capacidades, autoconfiança, motivação e atitudes. Permite a tomada de consciência sobre os recursos de que já se dispõe para tornar efetivas as escolhas e a mudança, no sentido e direção que se deseja.

Assim, o objetivo deste livro é transpor para a atividade do docente os conceitos associados ao coaching, levando-o a obter o máximo rendimento no seu trabalho e a revelar maior capacidade de liderança junto dos seus alunos.”

  • Coaching Emocional para Pais
    ISBN: 9789898975409
  • Edição: 03-2020
  • Editor: Manuscrito Editora
SINOPSE

“A loucura dos dias que vivemos tem servido, sobretudo, para enterrar emoções, para educar mais com a cabeça do que com o coração, para nos virarmos mais para fora, para o que é visível e racional… do que para dentro, para o que somos e sentimos. Como consequência, são muitos os pais que se encontram confusos, exaustos e sem esperança. Maior ainda é o número de crianças e adolescentes que se sentem incompreendidos, desconectados e até mesmo perdidos.

Cristina Valente, psicóloga e autora dos bestsellers O Que se Passa na Cabeça do Meu Filho? e O que se Passa na Cabeça do Meu Adolescente?, traz-nos um livro prático, com dicas e exercícios para ajudar a fomentar a comunicação afetiva e a linguagem emocional entre pais e filhos. Aqui, apresenta-nos uma nova visão da educação, baseada no exercício do amor verdadeiro e na conexão com a mente e com as emoções uns dos outros.

Um livro repleto de ferramentas que permitem fazer mudanças na forma de ensinar regras e valores a filhos e alunos, bem como a lidar com as suas emoções de forma inteligente e positiva. Só quando os ensinamos a identificar e a gerir os seus estados emocionais é que eles conseguem mudar comportamentos. e quando isso acontece, os resultados melhoram.

Ensinar crianças e adolescentes a tornarem-se emocionalmente inteligentes faz com que aprendam a lidar com as emoções e a desenvolverem competências para enfrentarem o mundo tal como ele é.”

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